PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES COM HANSENÍASE EM REMANSO-BAHIA
TEODORO MARCELINO DA SILVA 1, WÊDSON FERREIRA DOS SANTOS1, JÉSSICA MARIA PALMEIRA DANTAS 1, BRUNA LORENA DE OLIVEIRA SOUZA1, JOSÉ ADELMO DA SILVA FILHO1, TIAGO RIBEIRO DOS SANTOS1, LUAN RODRIGUES TEIXEIRA1, ANNA KAREN LUCAS CAVALCANTE1, MARILENE ALVES PEREIRA1, REGIANE MARIA DE JESUS FERREIRA1, THAIS DUARTE LIMA1, KELLEN IZABEL ALVES PINHO1, ESTEFANI ALVES MELO1, JOSÉ WANDERSON CARVALHO NORONHA1, HERLYS RAFAEL PEREIRA DO NASCIMENTO1
1. URCA - Universidade Regional do Cariri
wedhysonn@gmail.com

A hanseníase é uma doença infectocontagiosa, crônica, de evolução lenta. Afeta principalmente pele e nervos periféricos, quando não tratada e diagnosticada precocemente a evolução da doença pode levar a incapacidades físicas e deformidades. Objetiva-se com este estudo analisar o perfil epidemiológico dos pacientes com hanseníase no município de Remanso – Bahia nos anos de 2009 a 2015. Trata-se de uma pesquisa descritiva do tipo transversal, de abordagem quantitativa. O estudo foi realizado no município de Remanso-Ba. Os dados foram coletados utilizando como base os dados contidos na ficha de notificação/investigação do Sistema de Informação de Agravos de Notificação- SINAN, foram incluídos no estudo todos os casos novos de hanseníase notificados devidamente no SINAN no período de 2009 a 2015. A coleta dos dados se deu a partir de um formulário estruturado. Nesse estudo verificaram-se os aspectos sociais: idade, sexo, etnia e escolaridade; aspectos demográficos: zona; aspectos clínicos: forma clínica e classificação operacional, ano de diagnóstico, grau de incapacidade no diagnóstico e modo de entrada. Os dados foram processados no SPSS.20 e realizou-se uma análise estatística descritiva dos resultados. Foram registrados 128 casos de hanseníase nesse período. Apresentando a maior prevalência os anos de 2012 (6.3 casos/10.000hab) e 2014 (5,7 casos/10.000hab). A detecção dos casos foi feita em 38,3% (49) dos casos pela forma de demanda espontânea e 22,7% (29) por encaminhamento e exame de contato ambos. A distribuição por gênero revelou que 56,3% (72) eram mulheres e 43,8% (56) homens. Com relação a zona de moradia 71,1% (91) residiam na zona urbana. 55,5% (71) referem ser pardas. Dentre os casos 21,9% (28) tinha o ensino médio incompleto. A maior proporção foi para casos paucibacilares 58,6% (75) e quanto as formas clínicas incidentes nos anos analisados foram: dimorfa 29,7% (38) e indeterminada 28,1% (36). Observou-se que 68,8% (86) dos casos apresentaram incapacidade grau 0 e 25,8% (31) apresentaram incapacidade grau I. O município apresenta elevado índice da forma clínica dimorfa, que possui alto poder de transmissão e de incapacidade, isso demonstra atraso no diagnóstico. Apesar da adoção das metas estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde para eliminar a doença a hanseníase configura-se como um grande problema de saúde pública. Dessa forma torna-se necessário que os serviços de saúde promovam estratégias efetivas para o controle da patologia.



Palavras-chaves:  Epidemiologia, Hanseníase, Saúde Pública