TUBERCULOSE NO CEARÁ: UMA ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA ENTRE OS ANOS 2011 A 2016
TEODORO MARCELINO DA SILVA 1, INGRID MIKAELA MOREIRA DE OLIVEIRA1, ALICIANE SOBREIRA LIMA1, BEATRIZ DE CASTRO MAGALHÃES1, JOAB GOMES DA SILVA SOUSA1, AINOÃ DE OLIVEIRA LIMA1, MARIA DENISE CAVALCANTE CARDOSO1, HERLYS RAFAEL PEREIRA DO NASCIMENTO1, JULIANA SARAIVA DE ALENCAR1, MOZIANE MENDONÇA DE ARAÚJO1, JOSÉ WANDERSON CARVALHO NORONHA1, MATHEUS CESAR SOUZA1, ANA KELLY SILVA ALVES1, KADSON ARAUJO DA SILVA1, KARINA ALVES1, CAMILA SOARES DE SOUSA1, THAYNARA DUARTE DO VALE1, ROCHDALLY ALENCAR BRITO SANTOS1, VERA LÚCIA MENDES DE PAULA PESSOA1, CAMILA ALMEIDA NEVES DE OLIVEIRA1, AGNA TEIXEIRA BRAGA1, DANIEL PINHEIRO DE QUEIROZ1, CAMILA ALVES DE SENA1
1. URCA - Universidade Regional do Cariri, 2. UECE - Universidade Estadual do Ceará
teodoro.marcelino.s@gmail.com

Segundo o Ministério da Saúde, a tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível, causada pelo microrganismo ( Mycobacterium tuberculosis , também denominado de Bacilo de Koch), que afeta principalmente os pulmões, embora possa acometer outros órgãos e sistemas. Propaga-se através de indivíduos com tuberculose ativa, de pessoa a pessoa através do ar, por meio de gotículas contendo os bacilos. Apesar de ser uma das patologias mais antigas de que se tem relato, ela ainda promove grande impacto social. Este estudo objetiva-se apresentar a situação epidemiológica da tuberculose no Ceará nos anos 2011 a 2016. Trata-se de um estudo epidemiológico, transversal, de caráter descritivo desenvolvido conforme análise de dados ofertados pela Secretaria de Saúde do Estado do Ceará e do Sistema de Informação de Agravos e Notificação (Sinan) no período de cinco anos (2011 a 2016). A análise dos dados encontrados demonstrou que no Ceará, a tuberculose mostra-se de forma endêmica e entre os anos de 2011 a 2016, o número de casos novos de tuberculose praticamente se manteve estável. O número total de óbitos durante esses cinco anos foram cerca de 1.212, sendo que em 2011 foram registrados 236 óbitos em decorrência do alto índice de abandono do tratamento neste ano. Em 2011 foram diagnosticados 3.653 casos novos de tuberculose, enquanto que em 2016 foram registrados 3.341. Durante esses 5 anos, percebe-se uma redução do coeficiente de incidência, passando de 43,2/100 mil hab. em 2011 para 37,5 em 2016, o que corresponde a uma redução de 13,1%. Entre os anos de 2011 a 2015 houve queda de 18,5% no percentual de cura, passando de 73,3% (2011) para 59,7% (2015). Em 2016, o percentual de 21,5% retrata uma queda de cura bastante significativa, mesmo se tratando de dados preliminares, isso em virtude das taxas de abandono do tratamento, logo implica diretamente na persistência da fonte de infecção, no aumento das taxas de mortalidade e de recidivas. Apesar que houve uma queda na taxa de incidência de casos de tuberculose no Ceará, esta ainda provoca grandes agravos à sociedade e é necessário que se desenvolva ações em saúde que visem a ampliação do acesso ao diagnóstico precoce e tratamento, por ser uma alternativa única e eficaz para reduzir substancialmente óbitos causados pela tuberculose. Além disso, se faz necessário cada vez mais que a população seja informada acerca dos riscos, diagnóstico e tratamento dessa doença.



Palavras-chaves:  Doença, Epidemiologia, Tuberculose