CENÁRIO EPIDEMIOLÓGICO DE SÍFILIS ADQUIRIDA NO CEARÁ NO PERÍODO DE 2010 A 2017
TEODORO MARCELINO DA SILVA 1, ALICIANE SOBREIRA LIMA1, ALDINO BARBOSA DOS SANTOS1, MARIA LUIZA LIMA CAVALCANTE1, ELIAS NELSON DA SILVA MORAIS1, LEONARDA CARNEIRO ROCHA BEZERRA1, SAMUEL CARLOS TOMAZ1, LETICIA ALVES DE OLIVEIRA1, LÍGIA XAVIER DE LIMA1, FRANCISCO WERBESON ALVES PEREIRA1, INGRID MIKAELA OLIVEIRA MOREIRA1
1. URCA - UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI
teodoro.marcelino.s@gmail.com

A sífilis é uma doença infectocontagiosa sistêmica, de evolução crônica, curável, sendo específica ao ser humano. É causada pela bactéria Treponema pallidum descoberta em meados do século XX. Sua principal característica é o cancro duro e condiloma plano que aparece na fase primária da doença. Não havendo o diagnóstico precoce e o tratamento adequado, a doença irá progredir com passar do tempo, sendo classificada como primária, secundária, latente recente, latente tardia e terciária. Sua transmissão se dá principalmente pelo ato sexual. Este estudo tem como objetivo analisar o cenário epidemiológico da sífilis adquirida no Ceará no período de 2010 a 2017. Trata-se de um estudo epidemiológico, do tipo observacional, de caráter descritivo, conforme análise de dados ofertados pela Secretaria de Saúde do Estado do Ceará e do Sistema de Informação de Agravos e Notificação (Sinan) no período de oito anos. Mediante análise dos dados encontrados, verifica-se que entre 2010 e 2017, a taxa de detecção da sífilis adquirida (casos por 100 mil habitantes) demonstrou algumas oscilações. No ano de 2010, foram notificados 170 casos de sífilis adquirida, aumentando consideravelmente (385,9%) o número de registro nos anos subsequentes. Sua taxa de detecção manteve-se constante entre os anos de 2013 e 2014, variando apenas entre 7,9 a 7,5 e voltando a elevar-se a partir do ano de 2015 (10,0), com pico em 2016 de 15,9 casos por 100 mil habitantes maiores de 13 anos. Quanto à distribuição dos casos segundo sexo, entre os anos de 2010 a 2017 houve uma prevalência do sexo masculino nos casos de sífilis adquirida, a média registrada foi de 56,4% e entre as mulheres foi de 43,6%. O ano que registrou maior proporção no sexo feminino foi 2013 (48,5%) e no masculino foi o ano de 2015 (62,8%). O estudo mostrou que a taxa de incidência de sífilis teve oscilações durante esses oito anos, e, portanto, não deixa de ser considerada ainda um problema emergente de saúde pública, fazendo-se necessário que a população e todos os profissionais de saúde estejam aptos a identificar as manifestações clínicas da sífilis, assim como realizar medidas de controle, diagnóstico precoce, tratamento adequado, mas acima de tudo, a prevenção e a promoção da saúde.



Palavras-chaves:  Doença, Epidemiologia, Sífilis Adquirida