CENÁRIO EPIDEMIOLÓGICO DE SÍFILIS ADQUIRIDA NO CEARÁ NO PERÍODO DE 2010 A 2017 |
A sífilis é uma doença infectocontagiosa sistêmica, de evolução crônica, curável, sendo específica ao ser humano. É causada pela bactéria Treponema pallidum descoberta em meados do século XX. Sua principal característica é o cancro duro e condiloma plano que aparece na fase primária da doença. Não havendo o diagnóstico precoce e o tratamento adequado, a doença irá progredir com passar do tempo, sendo classificada como primária, secundária, latente recente, latente tardia e terciária. Sua transmissão se dá principalmente pelo ato sexual. Este estudo tem como objetivo analisar o cenário epidemiológico da sífilis adquirida no Ceará no período de 2010 a 2017. Trata-se de um estudo epidemiológico, do tipo observacional, de caráter descritivo, conforme análise de dados ofertados pela Secretaria de Saúde do Estado do Ceará e do Sistema de Informação de Agravos e Notificação (Sinan) no período de oito anos. Mediante análise dos dados encontrados, verifica-se que entre 2010 e 2017, a taxa de detecção da sífilis adquirida (casos por 100 mil habitantes) demonstrou algumas oscilações. No ano de 2010, foram notificados 170 casos de sífilis adquirida, aumentando consideravelmente (385,9%) o número de registro nos anos subsequentes. Sua taxa de detecção manteve-se constante entre os anos de 2013 e 2014, variando apenas entre 7,9 a 7,5 e voltando a elevar-se a partir do ano de 2015 (10,0), com pico em 2016 de 15,9 casos por 100 mil habitantes maiores de 13 anos. Quanto à distribuição dos casos segundo sexo, entre os anos de 2010 a 2017 houve uma prevalência do sexo masculino nos casos de sífilis adquirida, a média registrada foi de 56,4% e entre as mulheres foi de 43,6%. O ano que registrou maior proporção no sexo feminino foi 2013 (48,5%) e no masculino foi o ano de 2015 (62,8%). O estudo mostrou que a taxa de incidência de sífilis teve oscilações durante esses oito anos, e, portanto, não deixa de ser considerada ainda um problema emergente de saúde pública, fazendo-se necessário que a população e todos os profissionais de saúde estejam aptos a identificar as manifestações clínicas da sífilis, assim como realizar medidas de controle, diagnóstico precoce, tratamento adequado, mas acima de tudo, a prevenção e a promoção da saúde. |