ROTAVÍRUS DO GRUPO A (RVA) EM AVES DOMÉSTICAS E SILVESTRES NO BIOMA AMAZÔNICO
LAILA GRAZIELA DA SILVA RIBEIRO1, DIEGO PEREIRA 1, ELAINE HELLEN NUNES CHAGAS1, JOSÉ WANDILSON BARBOZA DUARTE JÚNIOR1, BRUNO DE CÁSSIO VELOSO BARROS1, KAROLINE LIRA DE SOUZA1, DELANA ANDREZA MELO BEZERRA1, JOANA D’ARC PEREIRA MASCARENHAS1
1. IEC - Instituto Evandro Chagas
DIEGO-PEREIRA20@OUTLOOK.COM

Os Rotavírus (RV) são reconhecidamente um dos agentes virais mais importantes associados à gastroenterite aguda (GA) em mamíferos e em diversas espécies aviárias. Os RV pertencem à família Reoviridae , gênero Rotavirus . O seu genoma é dividido em 11 segmentos de RNA de fita dupla (RNAfd) que codificam doze proteínas, sendo seis estruturais (VP1-VP4, VP6 e VP7) e seis não estruturais (NSP1-5/6). O presente estudo objetivou estudar a ocorrência de RVA em aves domésticas e silvestres em áreas de alterações ambientais no estado do Pará e encontra-se aprovado sob o parecer de número 021/2014. Foram utilizadas 100 amostras biológicas coletadas no período de fevereiro a abril de 2016, sendo 50 amostras de aves domésticas e 50 de aves silvestres, provenientes dos municípios de Viseu e Santa Barbára PA. Foram preparadas suspensões fecais a 10% em tampão Tris-Ca++ 0,01M pH 7,2, seguido da extração do ácido nucléico viral e submetidas a Eletroforese em Gel de Poliacrilamida (EGPA) e posteriormente à Reação em Cadeia mediada pela Polimerase precedida de Transcrição Reversa em Tempo Real (RT-qPCR), utilizando como sequência gênica alvo o segmento NSP3 de RVA, considerando o Cycle threshold (CT) de ≤40. Vale ressaltar que os procedimentos realizados nas amostras de aves domésticas foram feitos em Laboratório Nível de Biossegurança 2 (NB2) e nas de aves silvestres em Laboratório Nível de Biossegurança 3 (NB3). O percentual de detecção de RVA na população investigada foi de 10% por RT-qPCR, sendo sete amostras de aves domésticas provenientes de Viseu e três amostras de aves silvestres de Santa Barbára, apresentando os seguintes valores de CT: 36.77, 40, 38.82, 35.41, 37.48, 39.64, 39.2, 39.23, 36.9 e 36.6 respectivamente. No que se refere à EGPA, todas as amostras foram negativas. Embora não se tenha detectado RVA por EGPA, houve um percentual de detecção por RT-qPCR de 10 %, demonstrando que indiscutivelmente, a RT-qPCR é mais especifica e sensível, já que nem sempre a EGPA detecta os RVA em amostras com baixa carga viral. Os RVA foram detectados em animais domésticos e silvestres com o uso da qRT-PCR, que demonstrou ser uma técnica de grande importância para detecção de amostras com baixa carga viral. Contudo, faz-se necessário um monitoramento e controle mais abrangente quanto às infecções por RV nesses animais.



Palavras-chaves:  Rotavírus, Aves silvestres, Aves domésticas, PCR em tempo real