MENINGITES VIRAIS: A IMPORTÂNCIA DA IDENTIFICAÇÃO VIRAL ASSOCIADA AO DIAGNÓSTICO TRADICIONAL
DIEGO PEREIRA 1,2, EDVANE DE ALCANTARA BORGES1,2, GIOVANE PEREIRA DE OLIVEIRA1,2, MARIA CAROLINE NAZARÉ PINTO DOS SANTOS1,2, ROBERTA OLIVEIRA DE ARAÚJO MORAIS1,2, ANA LÚCIA DA SILVA FERREIRA1,2, ANDREZA LOPES MAIA1,2, CARLOS EDUARDO DE MELO AMARAL1,2, SYLVIA DE FÁTIMA DOS SANTOS GUERRA1,2, SYMARA RODRIGUES ANTUNES1,2
1. FAMAZ - Faculdade Metropolitana da Amazônia, 2. IEC - Instituto Evandro Chagas
diego-pereira20@outlook.com

Introdução: A meningite viral consiste na inflamação das meninges, sendo uma sindrome clínica mais incidente em crianças. Aproximadamente 90% dos casos são causados pelos Enterovírus , e dentre os outros vírus causadores, estão os Herpes simples, Adenovírus, Varicela zoster e Epstein-Barr. Sua transmissão ocorre pelas vias respiratória e fecal-oral, sendo considerado caso suspeito de meningite, o indivíduo que apresente febre, cefaleia, rígidez de nuca, sonolência e convulsões. Objetivo: Demonstrar a importância da identificação viral associada ao diagnóstico tradicional das meningites virais. Desenho do estudo: Foi realizada uma revisão da literatura com base em artigos científicos e documentos oficiais do Brasil. Métodos: A busca da bibliografia foi realizada nas bases de dados Bireme e SciELO, com os descritores “meningite” e “meningite viral” , onde foram incluídos artigos e documentos entre o período de 2009 à 2016 em português. Resultados: O Ministério da Saúde preconiza como diagnóstico laboratorial tradicional para os casos suspeitos de meningite viral, o exame quimiocitológico do Líquido cefalorraquidiano (LCR), que apresenta, nos casos de meningite viral, o percentual de proteínas elevado, os de glicose e lactato normais ou pouco alterados, e pleocitose. Além da análise quimiocitológica do LCR, outras técnicas são necessárias para identificação dos agentes virais. Uma delas é o isolamento viral em cultura de células, considerada de alta eficácia, mas que apresenta desvantagem em consumir muito tempo e ser laboriosa. Existem também as técnicas de biologia molecular, como a RT-PCR e RTqPCR, que apresentam maior sensibilidade e rapidez, mas que não são utilizadas em larga escala devido o seu alto custo. Discussão: O exame quimiocitológico do LCR não confirma sozinho um caso suspeito de meningite viral, logo vê-se a importância da utilização de métodos mais específicos, que podem identificar o agente viral, obtendo-se assim um diagnóstico preciso e confiável. A partir da confirmação do agente viral por essas técnicas mais específicas, a vigilância epidemiológica terá base para executar as suas ações preventivas direcionadas aos agentes virais. Conclusão: Diante disso, conclui-se que os métodos para identificação dos agentes etiológicos das meningites virais são de suma importância, auxiliando assim a vigilância epidemiológica a intervir com medidas de controle e prevenção, melhorando assim o sistema de saúde em conjunto com os serviços epidemiológicos.



Palavras-chaves:  Meningite viral, Vigilância epidemiológica, Virologia