MENINGITES VIRAIS: A IMPORTÂNCIA DA IDENTIFICAÇÃO VIRAL ASSOCIADA AO DIAGNÓSTICO TRADICIONAL |
Introdução: A meningite viral consiste na inflamação das meninges, sendo uma sindrome clínica mais incidente em crianças. Aproximadamente 90% dos casos são causados pelos Enterovírus , e dentre os outros vírus causadores, estão os Herpes simples, Adenovírus, Varicela zoster e Epstein-Barr. Sua transmissão ocorre pelas vias respiratória e fecal-oral, sendo considerado caso suspeito de meningite, o indivíduo que apresente febre, cefaleia, rígidez de nuca, sonolência e convulsões. Objetivo: Demonstrar a importância da identificação viral associada ao diagnóstico tradicional das meningites virais. Desenho do estudo: Foi realizada uma revisão da literatura com base em artigos científicos e documentos oficiais do Brasil. Métodos: A busca da bibliografia foi realizada nas bases de dados Bireme e SciELO, com os descritores “meningite” e “meningite viral” , onde foram incluídos artigos e documentos entre o período de 2009 à 2016 em português. Resultados: O Ministério da Saúde preconiza como diagnóstico laboratorial tradicional para os casos suspeitos de meningite viral, o exame quimiocitológico do Líquido cefalorraquidiano (LCR), que apresenta, nos casos de meningite viral, o percentual de proteínas elevado, os de glicose e lactato normais ou pouco alterados, e pleocitose. Além da análise quimiocitológica do LCR, outras técnicas são necessárias para identificação dos agentes virais. Uma delas é o isolamento viral em cultura de células, considerada de alta eficácia, mas que apresenta desvantagem em consumir muito tempo e ser laboriosa. Existem também as técnicas de biologia molecular, como a RT-PCR e RTqPCR, que apresentam maior sensibilidade e rapidez, mas que não são utilizadas em larga escala devido o seu alto custo. Discussão: O exame quimiocitológico do LCR não confirma sozinho um caso suspeito de meningite viral, logo vê-se a importância da utilização de métodos mais específicos, que podem identificar o agente viral, obtendo-se assim um diagnóstico preciso e confiável. A partir da confirmação do agente viral por essas técnicas mais específicas, a vigilância epidemiológica terá base para executar as suas ações preventivas direcionadas aos agentes virais. Conclusão: Diante disso, conclui-se que os métodos para identificação dos agentes etiológicos das meningites virais são de suma importância, auxiliando assim a vigilância epidemiológica a intervir com medidas de controle e prevenção, melhorando assim o sistema de saúde em conjunto com os serviços epidemiológicos. |