DETECÇÃO DE ROTAVÍRUS A POR RT-qPCR EM ANIMAIS DOMÉSTICOS E SILVESTRES DO NORDESTE DO ESTADO DO PARÁ.
DIEGO PEREIRA 1, LAILA GRAZIELA DA SILVA RIBEIRO1, JOSÉ WANDILSON BARBOZA DUARTE JÚNIOR1, KAROLINE LIRA DA SILVA CRUZ1, ELAINE HELLEN NUNES CHAGAS1, BRUNO DE CÁSSIO VELOSO BARROS1, EDVALDO TAVARES PENHA JUNIOR1, JOANA D’ARC PEREIRA MASCARENHAS1
1. IEC - Instituto Evandro Chagas
diego-pereira20@outlook.com

Introdução: O rotavírus do grupo A (RVA) configura sendo um dos principais agentes etiológicos relacionados a gastroenterite aguda em humanos e animais, onde já foi descrito em diversas espécies de mamíferos domésticos como caninos, suínos, equinos e bovinos, além de aves domésticas e animais selvagens como morcegos e roedores silvestres. O rotavírus pertence à família Reoviridae , subfamília Sedoreovirinae e gênero Rotavirus . Seu capsídeo apresenta simetria icosaédrica sendo desprovido de envelope lipoproteico. O seu genoma consiste em um RNA de fita dupla (dsRNA) que contém 11 segmentos gênicos responsáveis por codificar seis proteínas estruturais (VP1-VP4, VP6 e VP7) e seis proteínas não estruturais (NSP1-NSP6). Objetivo: Detectar o RVA em animais domésticos e silvestres utilizando a técnica de RT-qPCR. Desenho do estudo: Foi realizado um estudo descritivo utilizando amostras fecais de 30 animais domésticos (caninos, equinos e suinos) e de 30 animais silvestres (aves, morcegos e roedores silvestres), totalizando 60 amostras. Métodos: As amostras biológicas foram coletadas no período de setembro de 2015 a maio de 2016 em diferentes sistemas produtivos localizados na Mesorregião Nordeste do estado do Pará. A partir dos espécimes, foram preparadas as suspensões fecais em tampão Tris-Ca++ 0,01M pH 7,2. As suspensões fecais das amostras de animais domésticos foram submetidas à extração do ácido nucleico viral segundo o método de Boom et al. (1990) em laboratório NB2, enquanto as suspensões das amostras de animais silvestres foram extraídas pelo método de Trizol em laboratório NB3. Os produtos de extração das 60 amostras foram submetidas ao ensaio de RT-qPCR para detecção do gene NSP3 de RVA. Dentre as amostras que foram testadas, foram consideradas positivas aquelas que apresentaram Ct ≤ 40, já as amostras que apresentaram Ct ≥ 40 foram consideradas negativas. Resultados: Dentre as 60 amostras do presente estudo, 10% (6/60) apresentaram positividade para o gene NSP3 de RVA. Discussão: Nossos resultados demonstraram que a infecção por rotavirus continua frequente em animais, já que foi detectada circulação de RVA nas populações de animais domésticos e silvestres situadas na Mesorregião Nordeste do Pará. Conclusão: Diversos estudos no Brasil tem revelado a presença de RVA em diversas espécies de animais, mostrando  a importância de estudos epidemiológicos de monitoramento que permitam futuramente uma avaliação do potencial zoonótico de algumas cepas de RVA.



Palavras-chaves:  Gastroenterite, Real Time PCR, Rotavírus, Virologia