TECENDO UMA REDE PARA O ESCORPIÃO
RUBENS ANTONIO DA SILVA 1, ANA APARECIDA SANCHES BERSUSA1, CLÁUDIA BARLETA1, GISELE DE SOUZA CABRAL MORAIS1, SÍLVIO CARVALHO SILVA1
1. SUCEN - Superintendência de Controle de Endemias
RUBENSANTONIOSILVA@GMAIL.COM

 

Desde 1983 a SUCEN desenvolveu e vem atuando no Programa de Assessoria aos Municípios (PAM) – Animais Nocivos com o objetivo de cooperar com os municípios, oferecendo capacitações para a organização do serviço de controle de escorpião. Várias reformulações e adequações foram sendo implementadas ao longo dos anos, na busca de melhorias para a prevenção do escorpionismo, porém os dados epidemiológicos mostram que no estado de São Paulo houve crescimento rápido e importante no número de notificações: de  19% em 1988 para 61% em 2016. Com objetivo de melhorar esse panorama, foi proposto rever o processo de trabalho do PAM-Escorpião na SUCEN e criar um modelo, a ser testado, com foco na integralidade de ações conduzidas pelas várias instâncias da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo – (SES-SP) com interface no controle do animal e do agravo. A metodologia utilizada foi a problematizadora, com encontros periódicos de pesquisadores/técnicos da SUCEN envolvidos com a temática,   num intervalo de 8 meses. Neste período, foram rediscutidas todas as atividades que envolvem o controle do animal no meio urbano, descrevendo diretrizes, procedimentos operacionais padrão (POP) e material educativo, baseado em evidências científicas e na legislação atualizada. A implantação desta rede deverá ser composta por três frentes: uma que buscará a sensibilização, colaboração e integração das instituições parceiras, outra com a participação de especialistas em temáticas específicas e uma última, relacionada ao sistema informatizado de controle do animal, sob responsabilidade da SUCEN. A rede terá interfaces com as áreas da SES-SP: Vigilância Epidemiológica, Atenção Básica, Instituto Butantan, Regionais de Saúde, Unidade de Vigilância de Zoonoses, Vigilância Sanitária e Meio Ambiente. Esse grupo já elaborou os POP: i dentificação de áreas urbanas com presença de escorpião, equipamentos de proteção individual para busca ativa, busca ativa em domicílio e áreas externas, busca ativa em áreas públicas e cemitério, captura segura de escorpião, mapeamento das áreas de risco para o controle de escorpião, intervenção para o controle de escorpiões, indicadores de monitoramento de infestação  e transporte terrestre de escorpião do local da captura ao laboratório de análise (Instituto Butantan). Foram também desenvolvidos materiais educativos para os técnicos que atuam diretamente no controle de escorpião e para a população com risco de acidente.



Palavras-chaves:  Escorpião, Rede SUS, Vigilância