PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA TRANSMISSÃO DA DOENÇA DE CHAGAS NO ESTADO DO ACRE NO PERÍODO DE 2009 A 2016
GERLANDES FERNANDES OLIVEIRA1, MARIANE ALBUQUERQUE LIMA RIBEIRO 1, GABRIELA VIEIRA DE SOUZA CASTRO1, ANDRÉ LUIZ RODRIGUES MENEZES1, RENATO ABREU LIMA1, DIONATAS ULISES DE OLIVEIRA MENEGUETTI1
1. UFAC - Universidade Federal do Acre, 2. IFRO CAMPUS GUAJARÁ MIRIM - Instituto Federal de Rondônia Campus Guajará Mirim, 3. CAP/UFAC - Colégio Aplicação da Universidade Federal do Acre, 4. IFAM CAMPUS HUMAITÁ - Instituto Federal do Amazonas Campus Humaitá
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A ocorrência da doença de Chagas no estado do Acre é motivo de preocupação devido à escassez de informação dos habitantes locais a respeito desta enfermidade, principalmente as famílias que vivem no meio rural ou nas suas proximidades, exercendo atividades de extrativismo para sua subsistência. O objetivo deste trabalho é analisar o perfil epidemiológico da transmissão oral e vetorial da doença de Chagas no estado do Acre, no período de 2009 a 2016, bem como os fatores socioambientais que influenciam a mesma. É um estudo descritivo no qual utilizou dados secundários de domínio público, provenientes do Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Sistema Único de Saúde (SINAN) do Banco de Dados do Sistema Único de Saúde (DATASUS) da Fundação de Vigilância em Saúde do Estado do Acre (FVS–AC). As variáveis utilizadas foram: gênero, faixa etária, forma de contágio, distribuição por regional e município, perímetro e sazonalidade. Foi calculado o Coeficiente de Frequência (número de casos dividido pela população da localidade no ano pesquisado multiplicado por 100 mil habitantes). Os resultados confirmaram a ocorrência de 42 casos positivo da doença em relação aos 139 casos notificados no período analisado, tendo um aumento de 300% em 2016, quando comparado com 2015, apresentando um coeficiente de frequência de 3,06 para cada 100 mil habitantes. Constatou-se que a maior ocorrência foi na zona rural, entre os meses de julho a outubro, na faixa etária de 0 a 30 anos, por transmissão via oral. Também foi observado que o município de Feijó, na regional do Envira/Tarauacá, apresentou o maior número de casos confirmados no Estado do Acre, o que preocupa, visto que esse município é o maior produtor de açaí do estado, o que vem de encontro com a principal via de transmissão que foi a oral. Essa que também é relatada nos outros estados da região amazônica.



Palavras-chaves:  Amazônia, Epidemiologia, Tripanossomíase Americana