ATIVIDADE LARVICIDA E ANÁLISE DA TOXICIDADE AMBIENTAL DO EXTRATO HIDROALCOÓLICO DE RAIZ DE Tephrosia toxicaria Pers NO CONTROLE DO Aedes aegypti |
Tephrosia toxicaria Pers pertence à família das Fabaceae, é uma planta tropical, popularmente conhecida como “timbó” e comumente utilizada como defensivo agrícola natural, atrai interesse por possuir moléculas de defesa com potencial para aplicação biotecnológica. O Aedes aegypti é um dos insetos vetores de arboviroses mais importantes da atualidade, por ser capaz de transmitir os vírus da dengue, chikungunya, zika e febre amarela. Esse está amplamente distribuído nos ambientes urbanos e rurais, e seu controle tem como principal dificuldade o número de criadouros e o aumento da resistência do mosquitos a inseticidas sintéticos, que além desse problema, agridem outros organismos não alvo, causando desequilíbrio ambiental. Justificando dessa forma, a procura por larvicidas atóxicos. Assim, os principais objetivos desse estudo são avaliar a toxicidade larvicida do extrato hidroalcoólico de raiz de T. toxicaria contra as larvas do 4º ínstar de Aedes aegypti e analisar sua toxicidade ambiental. Para tanto, 20 gramas de farinha das raízes T. toxicaria foram submetidas a extração com 80 mL de álcool etílico 80% (1:4) por 24 h em repouso a temperatura ambiente. Em seguida, a solução foi filtrada e os extratos hidroalcoólicos (EHA) foram acondicionados em recipientes de vidro de cor âmbar. Posteriormente os extratos foram avaliados quanto a sua concentração de proteína e teor de carboidratos. A atividade larvicida foi avaliada nas concentrações de 25%, 12,5%, 6,25%, 3,12%, 1,56%, (v/v), na qual a mortalidade larval foi verificada após 24 horas. A ecotoxicidade foi avaliada através do bioensaio com os microcrustáceos Ceriodaphnia dubia e Moina micrura , utilizando as concentrações 10%, 5%, 3,75%, 2,5% e 1,25% analisando a sobrevivência após 24 e 48 horas. O EHA apresentou 0,251 mg/mL de proteínas e 0,074 mg/mL de carboidratos. A concentração de 3,49% foi letal (LC50) ao desenvolvimento de A. aegypti , após 24 h de exposição. Os ensaios de avaliação da ecotoxicidade mostraram que EHA de T. toxicaria foram seguros para M. micrura e C. dubia até as concentrações de 5% e 2,5% respectivamente, garantido 100% de sobrevivência. Concluímos que o EHA de T. toxicaria possui um ótimo potencial larvicida e baixa toxicidade ambiental, podendo ser um bom candidato para o desenvolvimento de fórmulas bioinseticidas como alternativas aos larvicida sintéticos. |