ATIVIDADE LARVICIDA E ANÁLISE DA TOXICIDADE AMBIENTAL DO EXTRATO HIDROALCOÓLICO DE RAIZ DE Tephrosia toxicaria Pers NO CONTROLE DO Aedes aegypti
LEIDIANE BARBOZA DA SILVA1,2, MELISSA FARIAS ALVES DA SILVA1,2, GIULIAN CÉSAR DA SILVA SÁ1,2, CÁSSIO LÁZARO SILVA INÁCIO1,2, VIRGINIA PENÉLLOPE MACEDO E SILVA1,2, THIAGO FARIAS NÓBREGA1,2, FRANCISCO JOSÉ CARVALHO MOREIRA1,2, MARIA DE FÁTIMA FREIRE DE MELO XIMENES1,2, GUILHERME FULGENCIO DE MEDEIROS1,2, ADRIANA FERREIRA UCHÔA1,2
1. IMT-RN - Instituto de Medicina Tropical do Rio Grande do Norte, 2. UFRN - Universidade federal do Rio Grande do Norte
leidiane.barboza2@gmail.com

Tephrosia toxicaria Pers pertence à família das Fabaceae, é uma planta tropical, popularmente conhecida como “timbó” e comumente utilizada como defensivo agrícola natural, atrai interesse por possuir moléculas de defesa com potencial para aplicação biotecnológica. O Aedes aegypti é um dos insetos vetores de arboviroses mais importantes da atualidade, por ser capaz de transmitir os vírus da dengue, chikungunya, zika e febre amarela. Esse está amplamente distribuído nos ambientes urbanos e rurais, e seu controle tem como principal dificuldade o número de criadouros e o aumento da resistência do mosquitos a inseticidas sintéticos, que além desse problema, agridem outros organismos não alvo, causando desequilíbrio ambiental. Justificando dessa forma, a procura por larvicidas atóxicos. Assim, os principais objetivos desse estudo são avaliar a toxicidade larvicida do extrato hidroalcoólico de raiz de T. toxicaria  contra as larvas do 4º ínstar de Aedes aegypti e analisar sua toxicidade ambiental. Para tanto, 20 gramas de farinha das raízes T. toxicaria foram submetidas a extração com 80 mL de álcool etílico 80% (1:4) por 24 h em repouso a temperatura ambiente. Em seguida, a solução foi filtrada e os extratos hidroalcoólicos (EHA) foram acondicionados em recipientes de vidro de cor âmbar. Posteriormente os extratos foram avaliados quanto a sua concentração de proteína e teor de carboidratos. A atividade larvicida foi avaliada nas concentrações de 25%, 12,5%, 6,25%, 3,12%, 1,56%, (v/v), na qual a mortalidade larval foi verificada após 24 horas.  A ecotoxicidade foi avaliada através do bioensaio com os microcrustáceos Ceriodaphnia dubia e Moina micrura , utilizando as concentrações 10%, 5%, 3,75%, 2,5% e 1,25% analisando a sobrevivência após 24 e 48 horas. O EHA  apresentou 0,251 mg/mL de proteínas e 0,074 mg/mL de carboidratos. A concentração de 3,49% foi letal (LC50) ao desenvolvimento de A. aegypti , após 24 h de exposição. Os ensaios de avaliação da ecotoxicidade mostraram que EHA de T. toxicaria foram seguros para M. micrura e C. dubia  até as concentrações de 5% e 2,5% respectivamente, garantido 100% de sobrevivência. Concluímos que o EHA de T. toxicaria possui um ótimo potencial larvicida e baixa toxicidade ambiental, podendo ser um bom candidato para o desenvolvimento de fórmulas bioinseticidas como alternativas aos larvicida sintéticos.



Palavras-chaves:  Aedes aegypt, Biolarvicida, Ecotoxicidade