BIOSSEGURANÇA, ACIDENTE POR PERFUROCORTANTE E COBERTURA VACINAL EM GRADUANDOS DE FARMÁCIA
ALESSANDRA SOUZA1, SANDRA PONTES1, ELICE SILVA 1, RONALDA MELO1, GEOVANA MIRANDA1, ROSANA OLIVEIRA1, NATALIA COSTA1, INGRID SILVA1, ADRIENE MELO1, RENATO SILVA1
1. FPS - Faculdade Pernambucana de Saúde
elicemary@outlook.com.br

Estudantes da área de saúde estão sujeitos a um constante risco ocupacional envolvendo acidentes com perfurocortante e contaminações com material biológico no decorrer de suas atividades de estágios curriculares. Por isso, é de extrema importância o conhecimento dos procedimentos em biossegurança na formação destes graduandos, bem como a notificação de acidentes e o acompanhamento da situação vacinal como medidas para garantir a proteção frente às doenças de elevado risco ocupacional, como a hepatite B e o tétano. Desta forma, foi realizado um estudo de corte transversal objetivando-se estimar as prevalências de adesão às práticas de biossegurança, a cobertura vacinal, bem como a ocorrência de acidentes ocupacionais por perfurocortante em graduandos do curso de farmácia da Faculdade Pernambucana de Saúde - FPS, Recife-PE. Para a realização do trabalho foi aplicado questionário semiestruturado na coleta dos dados. O estudo foi previamente aprovado pelo comitê de ética em pesquisa da FPS e todos os avaliados assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido. Foram incluídos no estudo todos os estudantes de farmácia do primeiro ao oitavo período do curso. Foi avaliado um total de 72 estudantes (15 homens; 57 mulheres, média de idade = 22 anos). Destes, 66 (92%) confirmaram a utilização de EPIs em suas práticas de estágio, 36 (50%) afirmaram estar com as vacinas em dia e 28 (39%) afirmaram já ter realizado treinamento em bissegurança. Com relação à imunoprofilaxia específica recomendada ao calendário do adulto, 40 (56%) afirmaram ter tomado a vacina contra hepatite B e 56 (78%) afirmaram estar vacinados contra tétano. Com relação à ocorrência de acidente por perfurocortante apenas 5 (7%) afirmaram já ter sofrido algum tipo de acidente, uma única vez. Assim, apesar de observado que a maioria dos graduandos fazem uso de EPIs, é importante destacar que ainda um número considerável destes não possui treinamento em biossegurança nem estão corretamente vacinados no exercício de suas práticas de estágio. Diante da carência de estudos voltados para a área de farmácia, enxergamos a necessidade contínua de pesquisas como forma de detecção das deficiências e incentivo a promoção de atividades de educação continuada para a formação desses futuros profissionais.



Palavras-chaves:  Acidente ocupacional, Biossegurança, Cobertura Vacinal