COBERTURA VACINAL, BIOSSEGURANÇA E ACIDENTE POR PERFUROCORTANTE EM GRADUANDOS DE ENFERMAGEM
NATALIA COSTA1, INGRID SILVA1, ELICE SILVA 1, RONALDA MELO1, ALESSANDRA SOUZA1, SANDRA PONTES1, GEOVANA MIRANDA1, ROSANA OLIVEIRA1, ADRIENE MELO1, RENATO SILVA1
1. FPS - Faculdade Pernambucana de Saúde
elicemary@outlook.com.br

Profissionais da saúde vivem sob constante risco em adquirir infecções no ambiente hospitalar uma vez que são expostos a uma gama de materiais biológicos. A equipe de enfermagem, incluindo os estudantes, representa uma das principais categorias profissionais sujeitas a esse tipo de exposição. Para minimizar estes riscos são necessárias ações de prevenção como a utilização de equipamentos de proteção individual (EPI), a correta cobertura vacinal, bem como a notificação e acompanhamento de acidentes ocupacionais. Assim, foi realizado um estudo de corte transversal para estimar as prevalências de adesão às práticas de biossegurança, a cobertura vacinal, bem como a ocorrência de acidentes ocupacionais por perfurocortante em graduandos do curso de enfermagem da Faculdade Pernambucana de Saúde - FPS, Recife-PE. Foi aplicado um questionário semiestruturado e o estudo foi previamente aprovado em comitê de ética em pesquisa. Além disso, todos os avaliados assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido. Foi incluída uma população de 141 estudantes do primeiro ao sétimo período do curso de enfermagem da FPS. Desta, 131 foram mulheres e 10 homens com média de idade igual a 20 anos. No tocante a biossegurança, 113 (80,14%) estudantes afirmaram usar EPIs no exercício de suas atividades, enquanto 15 (10,64%) afirmaram não fazer uso. Em relação ao conhecimento das vacinas recomendadas ao calendário adulto, boa parte dos estudantes declarou ter conhecimento, entretanto 21 (14,89%) estudantes afirmaram estar com as vacinas atrasadas. Com relação à situação vacinal para hepatite B, apenas 37 (26,24%) estudantes tomaram as 3 doses recomendadas. Já com relação ao tétano, 123 (87,23%) estudantes declararam estar vacinados contra a doença. Em relação a acidentes com material perfurocortante foi possível observar que 5 estudantes se acidentaram com agulha acoplada a seringa. Dentre os acidentados 4 informaram que não houve exposição ao material biológico, enquanto 1 afirmou ter sido exposto. Com relação ao acompanhamento ambulatorial após o acidente, dos cinco estudantes acidentados, 4 responderam que não foram orientados a realizar este acompanhamento. Assim, podemos evidenciar a importância de avaliações como esta no que diz respeito à conscientização e segurança destes futuros profissionais em seu ambiente de trabalho, ao observarmos ainda carência na utilização adequada de EPIs e principalmente na atualização do calendário vacinal.



Palavras-chaves:  Estudantes, Acidente ocupacional, Biossegurança, Cobertura vacinal