ADESÃO ÀS PRÁTICAS DE BIOSSEGURANÇA E COBERTURA VACINAL EM PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM DE UM HOSPITAL FILANTRÓPICO DO RECIFE-PE
ELICE SILVA 1,2, RONALDA MELO1,2, GEOVANA MIRANDA1,2, ROSANA OLIVEIRA1,2, ALESSANDRA SOUZA1,2, SANDRA PONTES1,2, NATALIA COSTA1,2, INGRID SILVA1,2, ADRIENE MELO1,2, RENATO SILVA1,2
1. FPS - Faculdade Pernambucana de Saúde, 2. IMIP - Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira
elicemary@outlook.com.br

A preocupação com a segurança dos profissionais de saúde em sua atividade laboral é algo bastante comentado, visto que, principalmente nessa área, os trabalhadores estão expostos a riscos variados, destacando-se os de natureza biológica que pode conduzir patógenos capazes de desencadear graves doenças. Para isso, existem ações voltadas à garantia da proteção dos mesmos, como a vacinação e a adesão às medidas de biossegurança. Diante disto, foi conduzido um estudo de corte transversal para estimar a cobertura vacinal e avaliar as medidas de biossegurança em profissionais de enfermagem do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira – IMIP, Recife-PE. O estudo foi previamente aprovado por comitê de ética em pesquisa e todos os avaliados assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido. Os dados foram coletados através da aplicação de um questionário semiestruturado na totalidade dos profissionais de enfermagem atuantes no setor de transplantes do referido hospital. Foram incluídos 88 indivíduos, sendo destes, 74% (66) técnicos, 26% (22) enfermeiros, 16% (14) homens, 82% (72) mulheres, e com média de idade igual a 35 anos. Foi observado que 85% (75) dos profissionais afirmam terem recebido treinamento em biossegurança com 27% (24) apenas afirmando ter realizado a menos de um ano este treinamento. Com relação à utilização de equipamento de proteção individual (EPI), 92% (81) declararam fazer uso, sendo os EPIs mais citados a luva 99% (87), a máscara 98% (86) e o calçado fechado 89% (78). Considerando a vacinação, 82% (72) dos profissionais afirmaram estar com a caderneta em dia e 61% (54) afirmaram ter conhecimento sobre as vacinas recomendadas para o adulto. Em relação à imunização contra a hepatite B 90% (80) dos indivíduos declaram estar vacinados, contudo apenas 41% (36) relataram ter tomado as três doses desta vacina. Contra o tétano, 93% (82) afirmaram estar vacinados e 33% (17) ter recebido a última dose a mais de um ano. Diante dos resultados, concluímos que ainda há percentuais significativos de profissionais com situação não adequada em relação ao treinamento em biossegurança e em relação às vacinas recomendadas, o que resulta em exposições constantes a riscos de saúde. Logo, a promoção da informação e o acompanhamento constante desses profissionais se configuram como instrumentos essenciais na garantia da segurança e melhoria da qualidade de vida no ambiente de trabalho.



Palavras-chaves:  Biossegurança, Cobertura vacinal, Risco ocupacional