PREVALÊNCIA DE NOTIFICAÇÕES POR DOENÇAS PARASITÁRIAS EM UM HOSPITAL PÚBLICO REFERÊNCIA EM DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS DA CIDADE DE MACEIÓ-AL, NO ANO DE 2017. |
As parasitoses são patologias causadas por seres, microscópicos ou macroscópicos, dos filos Protozoa, Platyhelminthes, Nematoda, Acantocephala e Arthropoda capazes de produzir doenças isoladas ou surtos epidêmicos, sendo um enorme problema de saúde pública no Brasil. Em países em desenvolvimento, as parasitoses acontecem mais frequentemente em estados com condições socioeconômicas precárias, como em Alagoas. O estudo objetivou analisar a ocorrência de doenças parasitárias em um hospital público referência em doenças infectocontagiosas na cidade de Maceió-AL, no ano de 2017. Realizou-se um estudo epidemiológico descritivo, a partir da análise dos casos confirmados pelo Núcleo de Vigilância Epidemiológica do hospital, que registra o número de agravos mês a mês. Foram notificados 55 (100%) casos de doenças parasitárias dos quais: 42 (76,4%) de leishmaniose visceral com manifestação de calazar, 8 (14,5%) de malária e 5 (9%) de leishmaniose tegumentar americana. Os casos de leishmaniose (Leishmania chagasi e Leishmania (Viannia) braziliensi) e malária (P. vivax, P. falciparum e P. malariae ) ocorrem através de picadas dos insetos vetores, indicando que o controle sanitário é uma das medidas mais importantes para evitar a proliferação de mosquitos, além disso, em ambas as parasitoses a principal prevenção é a proteção física ou química contra as picadas, fazendo uso de proteção que cubra a maior parte do corpo ou por uso de repelentes. Vale ressaltar que que os animais domésticos são reservatórios naturais do parasita da leishmaniose, dificultando o controle da zoonose. Sendo assim, os resultados demonstram a necessidade de implementar ações públicas com o objetivo de ampliar a educação em saúde para um maior controle da multiplicação dos vetores e cuidado com os animais domésticos, para uma maior efetividade na prevenção dessas parasitoses |