VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA TUBERCULOSE EM PRESÍDIO DA REGIÃO CENTRAL DE RONDÔNIA |
A tuberculose (TB) é uma das principais causas de morbidade e mortalidade relacionadas às doenças infecciosas nos países em desenvolvimento. Um desafio notável para o controle da TB envolve a incidência desproporcional observada entre as populações de maior risco, incluindo a carcerária. No ambiente prisional, essa desigualdade é resultante de fragilidades sociais inerentes ao próprio indivíduo, bem como desse espaço, onde a superlotação, a ventilação deficiente, a nutrição precária, o consumo de drogas e as doenças associadas convivem com precários ou inexistentes serviços de saúde.De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a incidência de TB nas unidades prisionais da América Latina é 22,2 vezes maior do que na população livre. No Brasil, estima-se que essa incidência seja 25 vezes maior e que a prevalência de TB ativa varie de 2,5% a 8,6% entre os presos. Esforços têm sido realizados para melhorias no âmbito da saúde prisional e, em relação à TB, o Plano Nacional de Saúde Prisional prevê uma série de ações estratégicas orientadas ao controle da doença. O objetivo do trabalho foi identificar o perfil epidemiológico dos casos diagnosticados.Trata-se de um estudo descritivo dos indicadores epidemiológicos e operacionais do controle da tuberculose em presídios de região central de Rondôniano período de janeiro de 2013 a maio de 2018. Durante o período estudado foram notificados 161 casos de TB da população central e 31 casos notificados da população carcerária. De todos os casos analisados o sexo masculino foi predominante dos pacientes portadores de TB no presidio. A idade dos pacientes variou entre 20 e 40 anos. A faixa etária entre 20 a 27 anos totalizaram 21 casos representando mais da metade dos casos. Quanto ao desfecho dos casos, 25 obtiveram cura no tratamento de seis meses e os outros casos não foram notificados ou foram transferidos. A partir do estudo dos indicadores epidemiológicos, podemos observar que a incidência dos casos em presídios ocorre no sexo masculino e a prevalência entre 20 a 27 anos e por desfecho, os casos notificados apresentaram cura com o tratamento oferecido pela vigilância epidemiológica. Palavras chave: Perfil epidemiológico, Prisional, Doença infecciosa e Tratamento. |