LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA NO MUNICÍPIO DE MARABÁ, ESTADO DO PARÁ
NEUDER WESLEY FRANÇA DA SILVA3, WASHINGTON LUIZ ASSUNÇÃO PEREIRA3, ANA RAQUEL SANTOS MIRANDA3, BRENDA SANTOS POMPEU DE MIRANDA3, ANA CAROLINE CARDOSO DE OLIVEIRA 3, AMANDA DESIRÉE ASSUNÇÃO CECIM3
1. UNAMA - Universidade da Amazônia, 2. UFRA - Universidade Federal Rural da Amazônia, 3. SESPA - Secretaria de Estado de Saúde Pública , 4. IEC - Instituto Evandro Chagas, 5. UFT - Universidade Federal do Tocantins
carol_cardoso1@hotmail.com

A leishmaniose tegumentar americana - LTA é uma doença infecciosa, não contagiosa, causado por protozoário, de transmissão vetorial, que promove lesões na pele e mucosa, possuindo como reservatório animais silvestres, sinantrópicos e domésticos. O diagnóstico precoce e tratamento são de responsabilidade das Secretarias Municipais de Saúde, porém, o tratamento específico e gratuito no Sistema Único de Saúde-SUS, muitas vezes é descontinuado por dificuldade de acesso ás unidades de saúde, dentre muitos fatores. No Estado do Pará, o município de Marabá, situado na Mesorregião Sudeste, tem registrado anualmente vários casos de LTA. No sentido de contribuir com a casuística de ocorrência da doença, o presente estudo objetiva descrever o perfil dos casos de LTA notificados nesse município paraense. Para os resultados analisaram-se os registros de ocorrência de LTA arquivados no Sistema de Informação de Agravo de Notificação da Secretaria de Estado de Saúde Pública de Marabá, entre 2007 a 2017, com registro de surto em 2015. Os dados foram tabulados em planilhas do Excel, sendo realizada análise estatística descritiva simples. Nesse período, foram notificados 997 casos, 52,46% ocorreram na zona rural, 95,69% na forma cutânea e 96,09% tiveram lesões cutâneas, onde 96,79% foram classificadas como casos novos e 92,98% autóctones; 95,69% dos casos foram confirmados clínico-laboratorialmente, sendo 77,40% pelo exame parasitológico direto e, 86,66% dos casos, evoluíram para a cura. A faixa etária de maior ocorrência foi de 20 a 49 (50,95%) e geralmente no sexo masculino (80,4%). As causas do número elevado de LTA em 2015 careceram de avaliação epidemiológica do município à época, já os casos elevados na região urbana em parte são sustentados pelo fato de muitos pacientes durante a notificação relatar o endereço de algum parente que reside na área urbana, pessoas com imóveis na zona rural e urbana, bem como os comuns finais de semana em zona rural e/ou excursões em áreas rurais. Os dados epidemiológicos do presente estudo estão de acordo com a literatura, de que, indivíduos do sexo masculino, jovens e adultos, em fase produtiva, são os mais atingidos pela doença e, contribuem para na casuística da leishmaniose. Conclui-se que, no Estado do Pará, a leishmaniose tem comportamento endêmico no município de Marabá.



Palavras-chaves:  Leishmaniose tegumentar, Marabá, Estado do Pará