ANÁLISE TEMPORAL E EPIDEMIOLÓGICA DA MORTALIDADE INFANTIL POR MALÁRIA NO BRASIL, DE 1979 À 2016.
BRUNA ANDRESSA JUNG DA SILVA1, ANDRÉ ALEXANDRE DOS SANTOS GOMES1, ANDERSON DA SILVA SOUZA1, HILDERGARD LOREN REBOUÇAS 1, GYORLAN ALFAIA DE SOUZA1, JOÃO ARTHUR ALCÂNTARA1, NATHÁLIA CAROLINE VASCONCELOS JEAN DE SALES1, NUNO HENRIQUE MAGALHÃES COUTINHO1, REBECA ALECRIM BESSA1, JACQUELINE DE ALMEIDA GONÇALVES SACHETT1, GISELY CARDOSO DE MELO1, VANDERSON DE SOUZA SAMPAIO1, WUELTON MARCELO MONTEIRO1
1. UEA - Universidade do Estado do Amazonas, 2. IPCCB - Instituto de Pesquisa Clínica Carlos Borborema , 3. FMT-HVD - Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado,, 4. UNL - Universidade Nilton Lins
brunaajung@hotmail.com

A Malária é considerada um dos mais importantes problemas de saúde pública no mundo. A doença pode estar presente nos pacientes pediátricos, que fazem parte do grupo de risco, e que segundo relatos, apresentam uma taxa de mortalidade significante por complicações sistêmicas da Malária Infantil. O presente trabalho tem como objetivo descrever uma série histórica de óbitos de Malária em crianças menores de 14 anos, 1979 à 2016. Trata-se de um estudo descritivo de série de casos de óbitos por malária notificados no Brasil, de acordo com o banco de dados oficial de mortalidade, cedido pelo Programa Nacional de Controle da Malária. Sua consolidação foi realizada pela busca no Sistema de Informação de Mortalidade Brasileiro, utilizando o código do CID10 para malária. A busca foi realizada para malária considerada como causa básica ou associada ao óbito. Após análise, constatou-se um total de 589 óbitos. Houve predomínio na primeira infância (42,8%), assim como pelo sexo feminino (50,2%). A maioria ocorreu em Unidade de Saúde (85,5%), recebendo assistência médica. No aspecto geográfico, a região Norte obteve maior índice (60,6%), com maior relevância os estados do Pará (26,31%) e Amazonas (24,4%). Na situação sociocultural, as mães em geral não eram alfabetizadas (5,2%), possuíam idade inferior à 18 anos (2,7%) e uma média de 2,4 filhos. No histórico gestacional, cerca de 10 mães (1,7%) possuíam morte infantil anterior (sem causa especificada); não houve óbito fetal em nenhum dos casos; sendo 12,7% dos partos por via vaginal e 1,7% cesáreos; gravidez única em sua maioria (12,7%); sendo que 8,1% das crianças faleceram após o parto. A principal causa primária identificada de mortalidade infanto-juvenil por Malária foi através do Plasmodium vivax (17,9%), com complicações em 5,3% dos casos. A insuficiência respiratória (25,0 %), anemia grave (7,6%) e choque hipovolêmico (4,6%) foram as complicações mais identificadas, dados que corroboram com a literatura já descrita. É notório que por se tratar de uma doença prevalente e que tem grave acometimento nas crianças de todo território nacional, o estudo é de grande importância para saúde pública, especificamente na área de Infectologia Pediátrica.

Palavras Chaves: Malária, Mortalidade, Malária infantil, Gravidade.



Palavras-chaves:  Malária, Mortalidade, Malária infantil, Gravidade