AVALIAÇÃO DO NÚMERO DE CASOS DE HEPATITE B NOTIFICADOS NO NORDESTE BRASILEIRO ENTRE OS ANOS DE 2008 E 2017
JOSÉ RICARDO BARACHO DOS SANTOS JÚNIOR 1, BEATRIZ GALINDO DE LUNA1, MATEUS NOGUEIRA SILVA1, SAMIA SANTOS RIBEIRO1, ANA LUISA LOPES CALLOU VERAS1, BARBARA ALICE DO NASCIMENTO TIBÚRCIO1, THAIS RIBEIRO VIEIRA1, TALITA GABRIELE DE QUEIROZ PLÁCIDO1, JOAQUIM LUIZ CRATEU GRANJA1, MARIA DA CONCEIÇÃO BARACHO DE MELO1
1. UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau, 2. HAS - Hospital Albert Sabin
RICARDO.BARACHO@YAHOO.COM

A hepatite viral é uma infecção do fígado que pode ser provocada pelos vírus A, B, C ou D. Os vírus que têm mais importância clínica pelo elevado risco de cirrotização e de mortalidade no Brasil, são os tipos B e C. Esse trabalho tem como objetivo avaliar a o panorama das hepatites B no Nordeste entre os anos de 2008 e 2017, através de um estudo transversal descritivo, onde foram analisadas as seguintes variáveis: Número de casos notificados no Brasil, Nordeste e Unidades Federativas, ano de primeiro sintoma, coinfecção, sexo, faixa etária, raça e gestação. O critério de exclusão foram essas variáveis em branco ou ignorado. Foram inclusos 128.077 casos no estudo. A região Nordeste teve 12.114 casos notificados, com 9,48%, e ocupou a quarta colocação entre as regiões com maior incidência de hepatite B do Brasil, ficando atrás do Sul (33,60%), Sudeste (31,68%) e Norte (16,70%). Os estados nordestinos com maior incidência de hepatite B foram a Bahia, Pernambuco e Maranhão, com respectivamente, 4.155, 1.646 e 1.542 nos 10 anos estudados. Na região Nordeste houveram 131 casos notificados de coinfecção do vírus da hepatite A e B. A coinfecção entre o vírus B e C foi de 364 casos. Do ano de 2007 ao ano de 2013 houve um acréscimo de 70% do número de casos notificados, logo após houve uma redução de 14,41% até o ano de 2016. No ano de 2017 houve uma redução abrupta de casos notificados, reduziu o equivalente a 26,03% do número total de casos de 2016. A média de acometimento por sexo no Nordeste foi de 51,27% para os homens. Das 5.903 mulheres notificadas com o vírus da hepatite, 1.816 estavam gestantes. O adulto jovem, dos 40 aos 60 anos, foi mais acometido, com cerca de 82,49%, enquanto que os menores de 20 anos somaram-se 7,63% e os maiores de 60, 9,88%. A raça parda teve uma maior incidência, com 71,58% dos casos notificados no nordeste. Enquanto que a raça negra e branca tiveram, respectivamente, 14,07% e 12,84%. A hepatite B, mesmo com a redução do número de casos dos últimos anos, ainda é um grave problema de saúde pública, devido a sua alta prevalência e, quando diagnosticadas tardiamente, elevado custo para o tratamento da hepatite crônica e suas complicações. A fim de evitar essas complicações, se faz necessário um maior investimento em campanhas de combate e prevenção às ISTs e ampliação da imunização da hepatite B, além de constante atualização dos profissionais de saúde para o diagnóstico precoce e manejo correto dessa doença.  



Palavras-chaves:  Epidemiologia, Hepatite, Saúde Pública