TENDÊNCIA DOS INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS E OPERACIONAIS DA HANSENÍASE EM ARACAJU/SE |
Introdução: A Hanseníase é uma doença infectocontagiosa crônica, com potencial incapacitante e que mantém altas taxas de incidência mesmo com tratamento eficaz e gratuito. Objetivo: este estudo objetiva analisar os dados epidemiológicos e operacionais da Hanseníase em Aracaju-SE a fim de diagnosticar a tendência da endemia e orientar o aprimoramento de políticas públicas que visem a sua eliminação. Desenho do estudo: Trata-se de um estudo ecológico, tipo série temporal. Métodos: Foram analisados os indicadores epidemiológicos e operacionais da Hanseníase no município de Aracaju, capital do estado de Sergipe, no período de 2003 a 2017. Resultados: Entre 2003 e 2017 incidência da Hanseníase manteve-se decrescente, com tendência anual de queda de 8,63% na população geral e 9,32% em menores de 15 anos. Durante este período, houve tendência a aumento do diagnóstico e tratamento da Hanseníase pela Atenção Primária, a cura dos casos manteve-se estável e a proporção de contatos examinados apresentou um significativo incremento saindo de 20,6% em 2003 para 82,9% em 2017. Discussão: Identifica-se também uma tendência progressiva a queda na incidência das formas paucibacilares em detrimento das multibacilares. Há uma tendência de redução da incidência da Hanseníase em Aracaju em todas as faixas etárias, porém a região ainda é considerada de alta endemicidade. É possível perceber o crescimento do papel da Atenção Primária entre 2003 e 2017, além do aumento significativo do exame dos contatos, ferramenta importante no diagnóstico e tratamento precoce. Conclusões: Embora os indicadores de saúde tenham mostrado melhorias, esse avanço permanece insuficiente para adequado controle da doença. |