TENDÊNCIA DOS INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS E OPERACIONAIS DA HANSENÍASE EM ARACAJU/SE
REBECA SILVA MOREIRA1, SAMUEL LUCAS CALMON RODRIGUES1, KAROLINE ALVES DE ALMEIDA1, CLARISSA TEIXEIRA DOS SANTOS1, ERIKA DE LIMA VASCONCELOS1, AÉCIO LINDENBERG FIGUEIREDO NASCIMENTO1, ESTER BENCZ1, AMANDA FERREIRA BARBOSA1, MÁRCIO CARNEIRO DE LIMA1, WESLLEY MEDEIROS GOIS1, VANESSA OLIVEIRA AMORIM1, LÚCIO FLÁVIO FERNANDES DE OLIVEIRA JÚNIOR1, MARCO AURÉLIO DE OLIVEIRA GÓES 1
1. DMEL/UFS - DEPARTAMENTO DE MEDICINAL DE LAGARTO - Universidade Federal de Sergipe, 2. LAIMT - Liga Acadêmica de Infectologia e Medicina Tropical
erikalimav@gmail.com

Introdução: A Hanseníase é uma doença infectocontagiosa crônica, com potencial incapacitante e que mantém altas taxas de incidência mesmo com tratamento eficaz e gratuito. Objetivo: este estudo objetiva analisar os dados epidemiológicos e operacionais da Hanseníase em Aracaju-SE a fim de diagnosticar a tendência da endemia e orientar o aprimoramento de políticas públicas que visem a sua eliminação. Desenho do estudo: Trata-se de um estudo ecológico, tipo série temporal. Métodos: Foram analisados os indicadores epidemiológicos e operacionais da Hanseníase no município de Aracaju, capital do estado de Sergipe, no período de 2003 a 2017. Resultados: Entre 2003 e 2017 incidência da Hanseníase manteve-se decrescente, com tendência anual de queda de 8,63% na população geral e 9,32% em menores de 15 anos. Durante este período, houve tendência a aumento do diagnóstico e tratamento da Hanseníase pela Atenção Primária, a cura dos casos manteve-se estável e a proporção de contatos examinados apresentou um significativo incremento saindo de 20,6% em 2003 para 82,9% em 2017. Discussão: Identifica-se também uma tendência progressiva a queda na incidência das formas paucibacilares em detrimento das multibacilares. Há uma tendência de redução da incidência da Hanseníase em Aracaju em todas as faixas etárias, porém a região ainda é considerada de alta endemicidade. É possível perceber o crescimento do papel da Atenção Primária entre 2003 e 2017, além do aumento significativo do exame dos contatos, ferramenta importante no diagnóstico e tratamento precoce. Conclusões: Embora os indicadores de saúde tenham mostrado melhorias, esse avanço permanece insuficiente para adequado controle da doença.



Palavras-chaves:  Epidemiologia, Hanseníase, Indicadores de Saúde, Avaliação em Saúde