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XXXI Congresso Bresileiro de Cirurgia Dermatológica
Resumo: 548-1

Dermatologia Jovem - Investigação


548-1

Hipomelanose macular progressiva: tratamento bem sucedido com oxibutinina sistêmica – relato de caso

Autores:
Tatiana Miyuki Iida1, Ana Lucia Gualda Recio1
1 CLÍNICA ANA LUCIA RECIO - Clínica Ana Lucia Recio

Resumo:
Introdução

            A hipomelanose macular progressiva (HMP), comum em países tropicais1,  tem como etiologia principal a disbiose cutânea, sobretudo o Propionibacterium acnes tipo III2,3. Trata-se com antibióticos tópicos ou sistêmicos, fototerapia4, e há relatos na literatura de isotretinoína oral com resposta variável5.6.

            Paciente masculino, 24 anos, com diagnóstico de HMP desde 2009, resistente a antibioticoterapia. Como comorbidade, apresentava hiperidrose generalizada. Tratado com oxibutinina sistêmica, teve melhora importante da HMP. Não há relatos na literatura desta estratégia terapêutica para a HMP.



Métodos

             Avaliação realizada através de documentação fotográfica antes e após 6 meses de tratamento.



Resultados

              Pensando na disbiose cutânea agravada pela hiperidrose, o paciente recebeu oxibutinina sistêmica 10mg/dia, e orientado medidas de higiene. Após 6 meses apresentou melhora tanto da hiperidrose quanto da HMP. Nenhum tratamento tópico ou sistêmico foi administrado concomitantemente.



Discussão

            A oxibutinina é um medicamento anticolinérgico utilizado para tratar hiperidrose idiopática7.

            A maior ocorrência de HMP em países tropicias indicaria fatores ambientais – umidade e calor – como agravantes da disbiose cutânea. Assim, o controle da hiperidrose poderia levar a redução de  P. acnes , o que explicaria a melhora da HMP.



Conclusão

             A oxibutinina em contexto de hiperidrose pode ser alternativa terapeutica para HMP, em casos não responsivos a tratamentos convencionais.