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XXXI Congresso Bresileiro de Cirurgia Dermatológica
Resumo: 528-2

Dermatologia Jovem - Investigação


528-2

RECONSTRUÇÃO DO CANTO INTERNO DO OLHO APÓS EXÉRESE TUMORAL: UM DESAFIO NA CIRURGIA DERMATOLÓGICA

Autores:
Elaine Dias Melo1, Kamila Abtibol Alves1, Lívia Sampaio Pereira1, Juscelino Mendonça da Silva Junior1, Carlos Alberto Chirano Rodrigues1, Renato Cândido da Silva Júnior1
1 FUAM - Fundação de Dermatologia Tropical e Venereologia Alfredo da Matta

Resumo:
Introdução

A reconstrução de grandes defeitos cirúrgicos na região do canto interno ocular é desafiadora, principalmente quando inclui região nasal e/ou palpebral. Os retalhos são preferíveis devido ao baixo suprimento vascular do leito, entretanto há poucas técnicas descritas.



Métodos

Paciente masculino, 68 anos, apresentando nódulo com centro ulcerado no canto interno ocular esquerdo . Realizou-se exérese com margem de 0,5 cm, gerando defeito até parede nasal e porção interna palpebral . Para reconstrução optou-se por retalho de interpolação axial frontal paramediano, cuja extremidade foi seccionada para correção palpebral . A área doadora cicatrizou por segunda intenção e após 30 dias realizou-se ressecção do pedículo.



Resultados

A histopatologia confirmou carcinoma escamocelular bem diferenciado. Paciente segue em acompanhamento sem sinais de recidiva, apresentando excelente resultado estético e funcional, sendo epífora a única complicação. 



Discussão

A interpolação de retalho frontal é uma técnica convencional de reconstrução. Apesar de fornecer tecido amplo, geralmente associa-se a distorção superciliar, dificuldade para fechamento da área doadora, cicatriz frontal vertical e prega epicantal. No caso relatado, devido ao tamanho do defeito, optou-se por esta técnica com excelentes resultados. ​​​​​​​



Conclusão

Os riscos de resultados inestéticos e disfuncionais na reconstrução palpebral são grandes. O presente relato demonstra uma técnica convencional com resultados satisfatórios frente a um grande defeito cirúrgico.