O tratamento da hiperpigmentação periorbitária (HP) é um desafio. Ela caracteriza-se pelo escurecimento homogêneo e bilateral da área dos olhos, sendo essa uma queixa frequente nos consultórios dermatológicos.

Avaliar a resposta do uso dos peelings químicos (PQ) combinados na HP.

Trata-se de um estudo prospectivo, aberto, não cego, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Pedro Ernesto/Universidade do Estado do Rio de Janeiro, instituição onde o trabalho foi desenvolvido. Foram selecionados 30 pacientes portadores de HP do Ambulatório de Cosmiatria. Na pálpebra direita foi realizado o peeling de ácido tricloroacético (ATA) a 3,75% e ácido lático (AL) a 15% e na esquerda a associação de hidroquinona 4%, ácido salicílico 2%, ácido kójico 2%, ácido retinoico 5%, haloxyl 1,5% e metabissulfito de sódio 1,5% (peeling de cimel). As pacientes foram fotografadas antes e 15 dias após a última sessão do PQ.

O índice de satisfação percebido pelas pacientes foi acima de 50%. Entretanto, em ambos os tratamentos o p-valor foi não significativo. O teste de Fisher foi utilizado para comparar os tratamentos entre o olho esquerdo e direito e o valor encontrado de p foi 0.6447.

Não houve diferença entre os peelings de ATA 3,75% e o peeling de cimel quanto a melhora percebida pelos avaliadores. O resultado do tratamento com PQ superficiais é seriado e progressivo e acreditamos que os mesmos correspondam a mais uma possível ferramenta, segura, de baixo custo e de fácil acesso, a ser utilizada no tratamento combinado da HP.