A reconstrução dos defeitos cirúrgicos gerados pela excisão de tumores no nariz é um desafio para os cirurgiões dermatológicos, devido a sua estrutura rígida e de pouca mobilidade. Mesmo na cirurgia de Mohs, na qual poupa-se o máximo de área sã peritumoral, pode haver defeitos na cicatrização nasal.

Paciente feminina com CBC em asa nasal D, excisado por cirurgia de Mohs e reconstrução por enxerto de tecido do nariz da própria paciente. Devido a necrose do enxerto e retração tipo fenda no local, houve a formação de uma cicatriz inestética.

Na tentativa de correção da cicatriz foi realizada um retalho de transposição de columela, com enxerto de cartilagem retroauricular. Numa segunda abordagem reavivamos as bordas da cicatriz, com fechamento borda-borda e dermoabrasão.

 Para as lesões localizadas em asa nasal o desafio maior é manter a curvatura natural sem achatá-la, mantendo a função respiratória e o equilíbrio com o lado oposto. Nas lesões próximas à borda livre da asa nasal o retalho de transposição torne-se a opção de escolha por não repuxar a nariza e refazer o contorno da asa nasal.

O nariz é a unidade estética de maior relevâcia na auto- estima do paciente. Por esse motivo os procedimentos cirurgicos que envolvam essa região deve causar o menor dado cosmiátrico possível ao paciente.