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XXXI Congresso Bresileiro de Cirurgia Dermatológica
Resumo: 372-1

Dermatologia Jovem - Investigação


372-1

Nevo azul simulando melanoma: Relato de caso

Autores:
Nayara Vidigal Rodrigues1, Marcela Keikko Spagolla Uehara1, Camila Suassuna de Albuquerque1, Marcella Akemi Haruno de Vilhena1, Cleverson Teixeira Soares1, Anna Carolina Miola1
1 ILSL - INSTITUTO LAURO DE SOUZA LIMA

Resumo:
Introdução

O nevo azul é lesão melanocítica benigna adquirida, de pigmentação azulada, devido à presença de melanócitos na derme.

O diagnóstico de nevo azul não apresenta dificuldades, no entanto a presença de algumas estruturas, como bordas irregulares, ulceração e satelitose, pode sugerir lesão maligna, devendo-se considerar nevo azul maligno como diagnóstico diferencial.



Métodos

Mulher, 66 anos, com mácula hipercrômica, irregular, na região bucinadora esquerda há 30 anos. À dermatoscopia, pseudorede espessada e irregular na borda inferior e área de regressão na borda superior, com pontos azuis homogêneos. Realizada biópsia excisional com a hipótese de melanoma.



Resultados

À histopatologia, encontrados melanócitos dérmicos sem atipias e melanófagos, confirmando diagnóstico de nevo azul.



Discussão

O nevo azul apresenta-se como placa, pápula, mácula ou nódulo solitário, azul ou negro-azulado, localizado mais comumente no dorso das mãos e pés. A dermatoscopia apresenta padrão azul homogêneo difuso, mas pode apresentar áreas sem estruturas, ulceração, satelitose e bordas irregulares, tornando importante o diagnóstico diferencial com melanoma. Na histopatologia, encontram-se melanócitos dérmicos dendríticos, típicos, altamente pigmentados combinados com outros tipos de células melanocíticas, como melanófagos. 



Conclusão

A histopatologia, portanto, nos casos clinicamente suspeitos ou duvidosos torna-se instrumento imprescindível na definição de lesão melanocítica benigna ou maligna.