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XXXI Congresso Bresileiro de Cirurgia Dermatológica
Resumo: 351-1

Dermatologia Jovem - Investigação


351-1

Doença de Bowen variante pigmentada: um desafio diagnóstico?

Autores:
Marcella Akemi Haruno de Vilhena1, Anna Carolina Miola1, Camila Suassuna Albuquerque1, Marina Carrara Camillo1, Cleverson Teixeira Soares1, Marcela Keikko Spagolla Uehara1
1 ILSL - Instituto Lauro de Souza Lima

Resumo:
Introdução

A doença de Bowen é um carcinoma espinocelular in situ, cuja variante pigmentada é rara, correspondendo a 2% dos casos. Predomina em homens idosos de fototipo alto em áreas fotoprotegidas. Essa variante pode mimetizar lesões pigmentadas, como lentigo maligno e melanoma.

 



Métodos

O caso apresentado abaixo mostra a importância do exame anátomopatológco na confirmação de leões melanocíticas suspeitas.

 

 



Resultados

Homem, 51 anos, com placa acastanhada de 1 cm no abdome, de crescimento lento, há 10 anos, com glóbulos irregulares na periferia à dermatoscopia. Com a suspeita de melanoma, foi realizada biópsia excisional com 2 mm de margem, cujo exame anátomopatológico encontrou queratinocitos atípicos acometendo toda a epiderme, sem invasão da camada basal, e derrame pigmentar com inúmeros melanófagos, confirmando o diagnóstico de doença de Bowen pigmentada.



Discussão

A doença Bowen pigmentada apresenta maior risco de invasividade, podendo ocorrer devido a fotoexposição intensa, infecção pelo papilomavírus (HPV), traumas e radiações ionizantes. O tratamento depende da extensão, local, número de lesões e das comorbidades do paciente, e pode variar de tópicos como imiquimod e efurix à eletrocoagulação e exérese cirúrgica.

 



Conclusão

Com o diagnóstico precoce, a doença de Bowen pigmentada apresenta prognóstico favorável, cabendo ao dermatologista exame físico completo e minuciosa dermatoscopia em lesões pigmentadas incertas.