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XXXI Congresso Bresileiro de Cirurgia Dermatológica
Resumo: 349-10

Mini-comunicação


349-10

Feridas nasais sincrônicas: um exercício de criatividade e “ARTE” em cirurgia dermatológica

Autores:
Karoline Furusho Pacheco1, Henrique Demeneck1, Elisa Mayumi Kubo1, Felipe Bochnia Cerci1
1 HC-UFPR - Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná

Resumo:
Introdução

A reconstrução de feridas nasais sincrônicas é um desafio devido à escassez de pele local. Há poucos relatos sobre o tema na literatura.



Métodos

Paciente submetida à cirurgia de Mohs para tratamento de dois carcinomas basocelulares nasais.



Resultados

Após remoção dos tumores em dois estágios, as feridas (figura 1) foram reparadas de maneira combinada após cauteloso planejamento (figura 2). O dorso nasal foi restaurado com retalho de rotação glabelar. Em seguida, a ponta foi reparada com retalho de transposição lateral devido à impossibilidade de recrutar pele do dorso nasal. Para fechamento da área doadora da transposição, foi necessário pequeno retalho de avanço lateral com enxerto de pele proveniente do “back cut” do retalho de rotação glabelar (figuras 3 e 4). A paciente evoluiu sem complicações, mantendo a anatomia e a função nasal (figura 5).



Discussão

A combinação de métodos de reparo deve ser lembrada na presença de múltiplas feridas operatórias nasais. No presente caso, as quatro opções do acrônimo “ARTE” (avanço, rotação, transposição e enxerto) foram utilizadas de maneira inovadora. Apesar das múltiplas incisões, foi possível esconder boa parte delas entre as subunidades anatômicas e nos sulcos. 



Conclusão

A restauração de feridas nasais sincrônicas deve ser individualizada e exige criatividade do cirurgião dermatológico.