A cicatriz é resultado de um processo fisiológico natural de reparo da pele. Quando ocorre desequilíbrio em alguma fase desse processo, podem ocorrer queloides ou cicatrizes hipertróficas que, além de inestéticos, podem causar prurido, dor e contraturas.

Indivíduo de 42 anos, submetido à exérese de carcinoma basocelular em ponta nasal através de cirurgia micrográfica de Mohs com realização de retalho VY. Evoluiu com retração e eritema discretos na área de sutura. Após 10 meses da cirurgia, foi submetido a 02 sessões de microinfusão de 5-fluorouracil 50 mg/mL através de máquina de tatuagem e 02 sessões de laser de CO2 fracionado, com intervalo de 30 dias entre elas.

Melhora significativa da qualidade da cicatriz, com suavização da retração e eritema locais. Relato de leve desconforto durante os procedimentos propostos, sem eventos adversos, com percepção satisfatória do paciente.

Cicatrizes cirúrgicas podem ser vexatórias para os cirurgiões. Minimiza-las é de importância crítica após remoção de tumor cutâneo. O laser de CO2 produz lesões térmicas microscópicas na derme, reduzindo a tensão da ferida e modulando o processo inflamatório da cicatriz. Já o 5-fluorouracil inibe a proliferação de fibroblasto, limitando a produção descontrolada de fibras colágenas.

A combinação das técnicas utilizadas mostrou-se eficaz na correção de cicatriz cirúrgica.