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XXXI Congresso Bresileiro de Cirurgia Dermatológica
Resumo: 266-3

Dermatologia Jovem - Investigação


266-3

ENDOMETRIOSE CUTÂNEA: DESAFIO DIAGNÓSTICO

Autores:
Allen de Souza Pessoa1, Juliana Câmara Mariz1, Evelyne Mara Costa1, Norami de Moura Barros1, Carlos Baptista Barcaui1
1 HUPE - UERJ - Hospital Universitário Pedro Ernesto - Universidade Estadual do Rio de Janeiro

Resumo:
Introdução

A endometriose acomete cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva, é histopatologicamente definida pela presença de tecido glandular endometrial e/ou estroma fora da cavidade uterina. Na pele, tem como localização principal o umbigo.



Métodos

Relatado caso de nulípara, 31 anos, sem história de cirurgias abdominais ou endometriose, apresentando nódulo violáceo em cicatriz umbilical com um ano de evolução, com sangramento aos mínimos traumas e durante o período menstrual. Foi realizado exérese da lesão. O exame histopatológico evidenciou estruturas glandulares em meio a estroma celular do tipo endometrial.



Resultados

Não houve recidiva da lesão nos seis meses subsequentes. Resultado estético excelente.



Discussão

A endometriose cutânea primária é extremamente rara e subdiagnosticada, podendo gerar ansiedade no paciente e atrasos no diagnóstico. Deve ser suspeitada na presença de nódulo eritemato-violáceo com tendência a sangramento, especialmente durante o período menstrual, mesmo na ausência de cirurgia abdominal anterior ou história de endometriose pélvica. A avaliação ginecológica é recomendada, visto que a associação com a doença pélvica ocorre em 26% dos casos de endometriose cutânea.



Conclusão

Devido o risco de recorrência e transformação maligna, a ressecção cirúrgica continua sendo o tratamento de escolha.

Ainda que rara, é importante incluir a endometriose cutânea como diagnóstico diferencial de nódulos violáceos.