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XXXI Congresso Bresileiro de Cirurgia Dermatológica
Resumo: 266-2

Dermatologia Jovem - Investigação


266-2

Melanoma Ungueal: condução de um caso

Autores:
Norami de Moura Barros1, Rafaela Carvalho Abrahão1, Isabele Oliveira Santos1, Allen de Souza Pessoa1, Solange Cardoso Maciel Costa Silva1
1 HUPE - UERJ - Hospital Universitário Pedro Ernesto da Universidade Estadual do Rio de Janeiro

Resumo:
Introdução

Raro, o melanoma ungueal surge a partir da matriz ungueal1. O tratamento é cirúrgico, ainda sem consenso sobre a técnica.2



Métodos

Feminina, 55 anos. Há 6 meses, mácula crescente na placa ungueal do primeiro quirodáctilo esquerdo. Ao exame, mácula acastanhada com borramento nas margens da lesão, ulceração central e distrofia ungueal. Sinal de Hutchinson presente.

Dermatoscopia: fundo marrom e linhas longitudinais variando do marrom claro ao preto, com irregularidade na largura e espaçamento entre as linhas. Excisado o aparelho ungueal com margens de 10 milímetros, até a estrutura óssea. Coberto com enxerto de espessura total. No histopatológico: melanoma, Breslow: 0,67 milímetros.

Realizada amputação da falange distal. Ausência de neoplasia.



Resultados

Quatro anos em seguimento: sem recidiva.



Discussão

O melanoma ungueal apresenta-se em 70% dos casos como melanoníquia longitudinal3-4. A dermatoscopia da placa ungueal melhora a acurácia diagnóstica e a segurança para indicar excisão5-6. Novas evidências sugerem que o prognóstico do paciente é dado pelo momento em que a cirurgia é realizada, não pela técnica.7

Devido à invasão local, não foi possível manter a cirurgia funcional. Entretanto, não havia neoplasia na falange amputada, colocando em xeque sua necessidade.



Conclusão

Relatando este caso, esperamos contribuir com a adoção de procedimentos menos invasivos no tratamento do melanoma.