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XXXI Congresso Bresileiro de Cirurgia Dermatológica
Resumo: 231-1

Investigação


231-1

ANÁLISE DA PELE DO CAMPO DE CANCERIZAÇÃO APÓS O TRATAMENTO COM MEBUTATO DE INGENOL ATRAVÉS DE MÉTODOS CLÍNICOS, HISTOPATOLÓGICOS E IMUNOHISTOQUÍMICOS

Autores:
ERICA PINTO1, FRANCISCA REGINA OLIVEIRA CARNEIRO1, LEÔNIDAS BRAGA DIAS JÚNIOR1, JUAREZ ANTÔNIO SIMÕES QUARESMA1
1 UEPA - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ

Resumo:
Introdução

O conceito de campo de cancerização sugere que grupamentos de células mutadas estão presentes envolvendo as lesões de queratose actínica (QA)1,2. Neste caso, deve-se considerar o tratamento de toda a área com dano actínico, objetivando erradicar as lesões visíveis, subclínicas e/ou pequenos focos de clones transformados3,4. O Mebutato de Ingenol (MI) é uma opção de uso tópico para o tratamento do campo5.



Objetivo

Avaliar a melhora clínica e histológica após o tratamento com MI, correlacionando com a expressão da proteína TP-53.



Métodos

15 pacientes com múltiplas lesões de QA foram tratados com MI gel por dois (0,05%) ou três dias (0,015%) em uma área de 25cm2 localizada no corpo ou face e couro cabeludo, respectivamente. Foram realizadas biópsias antes e após 57 dias do início do tratamento, e o material enviado para estudo histopatológico e imunohistoquímico, utilizando marcador para a proteína TP-53.



Resultados

A eliminação completa das lesões ocorreu em 85,7% dos pacientes que receberam o tratamento na face ou couro cabeludo e em 50% dos que trataram outras regiões do corpo. As reações cutâneas locais tiveram pico no dia 4 com redução importante no dia 8. Foi observado melhora nos índices de gravidade e quantidade de atipia dos queratinócitos, promoção de maior síntese de fibras colágenas na derme superior e média, diminuição da intensidade da elastose solar e o aumento da expressão de TP-53 na epiderme.



Conclusão

O MI foi efetivo na redução das alterações no campo de cancerização do ponto de vista clínico e histológico.