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XXXI Congresso Bresileiro de Cirurgia Dermatológica
Resumo: 23-1

Mini-comunicação


23-1

Uso de Enxerto dermoepidérmico de couro cabeludo para tratamento de vitiligo segmentar refratário em pálpebra superior.

Autores:
Mayara Souza Martins1, Eugenio Reis-Filho1, Amanda Valença de Melo Quadrado1, Paola Borges Eckstein Canabrava 1, Fernanda Margonari Cabral Canêdo1
1 HRAN/ SES-DF - Serviço de Dermatologia do HRAN/ SES-DF

Resumo:
Introdução

As terapias cirúrgicas no vitiligo são indicadas quando a doença torna-se estável ou refratária. O enxerto cutâneo é uma opção. Melhores resultados são demonstrados no vitiligo segmentar1.



Métodos

Portadora de Vitiligo segmentar em pálpebra superior esquerda refratária aos tratamentos(Fig. 1). Realizado enxerto dermoepidérmico de couro cabeludo (Fig.2). Técnica consiste na dermoabrasão da área receptora despigmentada, seguida de realização de enxerto de pele parcial da área doadora. A área do couro cabeludo cicatrizou por segunda intenção; da pálpebra recebeu o enxerto, e coberta com curativo de filme transparente por 7 dias.



Resultados

Excelente homogeneidade de pigmentação da área enxertada receptora, sem reações adversas, pouca dor pós-operatória (Fig.3). Na área doadora do couro cabeludo houve cicatrização perfeita sem dano estético, crescimento de fios de cabelo em 7 dias (Fig.4).



Discussão

O tratamento do vitiligo é difícil e longo. Quando considerado o vitiligo segmentar, o tratamento cirúrgico é mais efetivo2. Utilizar técnicas cirúrgicas em pálpebras é desafiante. A pele parcial do couro cabeludo foi a opção como área doadora por tornar-se imperceptível a enxertia após repilação local, além de possuir boa compatibilidade de cor.



Conclusão

O enxerto dermoepidérmico de couro cabeludo é método efetivo no tratamento do vitiligo segmentar refratário, inclusive em áreas de difícil pigmentação como as pálpebras.